Suécia obriga pais a tirarem 3 meses de licença paternidade

Em muitos países, a ideia da licença-paternidade ainda não vingou. Mas a Suécia encoraja, desde os anos 1970, pais a tirar tempo para ficar com os filhos recém-nascidos. E agora quer incentivá-los a passar pelo menos três meses em casa.
Segundo a nova proposta do governo, pais e mães devem necessariamente tirar uma pausa de três meses após o nascimento de seus filhos, ou então perdem esse direito. Os dez meses restantes são divididos entre o pai e a mãe, da forma como desejarem. Em 1995, o país decidiu oferecer um mês de licença especialmente aos pais, e em 2002 ampliou o direito para dois meses,  e agora para desde a virada do ano três meses.
O período reservado aos homens ficou conhecido como ‘meses do papai’, pois encoraja a maior participação paterna na vida dos bebês. Um terceiro mês “é algo que sempre desejamos. Sabemos que essa é uma questão chave para alcançar igualdade de gênero”, afirmou o ministro de segurança social Annika Strandhäll à Rádio Sweden.
Os casais suecos já tinham direito a ficar em casa por 480 dias, divididos pelos dois. Os homens acabavam transferindo boa parte dessa folga para as mulheres e voltavam ao trabalho um mês após o parto, deixando as mamães com quase um ano e meio de licença. Percebendo o ‘jeitinho’, a lei sueca foi ampliando o período mínimo para os papais, que desde a virada do ano é de 90 dias, com 80% do salário pago pelo Estado.
Enquanto isso no Brasil…
Papais brasileiros não podem piscar, senão podem perder a licença-paternidade. A lei é severa: são cinco dias a contar do nascimento da criança. Alguns juristas interpretam que são corridos; outros descartam o fim de semana. Mas pode acontecer de, dependendo do patrão, o homem ter de voltar ao batente na quarta se o rebento vier ao mundo numa sexta à noite. Mamães já gozam licença de pelo menos 120 dias, e no serviço público a folga é de seis meses, com remuneração integral.