O texto é um pouco grande, mas vale muito a pena ler e compartilhar com as amigas grávidas. Todo cuidado é pouco!
Os primeiros aparecimentos do vírus foram identificados no estado de Pernambuco, que foram associados a casos de microcefalia. Lá foram identificados 141 casos suspeitos da doença em recém-nascidos em 44 municípios pernambucanos. Conforme ministério da Saúde parte das mães apresentavam sintomas compatíveis com o do zika vírus, que também é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, o mesmo da dengue.
O Ministério da Saúde recomenda que mulheres grávidas tomem cuidado extra com o Aedes aegypti, e atentar-se para utilização de telas em todas as casas. Como o zika vírus é transmitido por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, as medidas de prevenção e controle são as mesmas já adotadas para a dengue, febre amarela e chikungunya, como eliminação dos possíveis criadouros do mosquito, evitando deixar água acumulada em recipientes como pneus, garrafas, vasos de plantas, entre outros.
De acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS), no Nordeste brasileiro, os casos de microcefalia cresceram 20 vezes na comparação de 2014. Pernambuco foi primeiro estado brasileiro a apresentar casos de microcefalia nesse ano, possivelmente atribuído ao zika vírus.
O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método paliativo para se proteger contra o Zika vírus. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessária diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.
Contudo, nem todo repelente pode ser usado por crianças e grávidas. Além disso, os vários tipos do produto possuem tempo de ação diferentes, o que pode comprometer a eficácia da proteção se esse detalhe não for observado ou ocasionar outros problemas de saúde.
São três os princípios ativos dos repelentes comercializados no Brasil aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)*. Os produtos também diferem quanto à indicação de uso e duração de proteção. Confira abaixo quais são eles.
IR3535: o uso tópico de repelentes a base de Ethyl butylacetylaminopropionate (EBAAP) é tido como seguro para gestantes, sendo indicado, inclusive, para crianças de seis meses a dois anos, mediante orientação de um pediatra. A duração da ação dos repelentes que usam esse princípio ativo, como a loção antimosquito Johnson’s, entretanto, é curta e precisa ser reaplicado a cada duas horas.
DEET: apesar do uso tópico de repelentes a base de dietiltoluamida ser considerado seguro em gestantes, o produto não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos. Já para crianças entre 2 e 12 anos, a concentração do princípio ativo deve ser de no máximo 10% e a aplicação deve ser feita, no máximo, três vezes por dia. O tempo de ação dos repelentes a base de DEET recomendado para adultos (concentração de 15% do ativo), como os produtos OFF, Autan, Repelex, é de cerca de 6h. Já a versão infantil dura apenas duas horas.
Icaridin: por oferecer o período de ação mais prolongado, os repelentes a base de dietiltoluamida, como o produto Exposis, estão sendo os mais procurados por adultos e gestantes. Com duração de proteção de até 10 horas, também pode ser usado por crianças a partir de 2 anos.
Não deixem de conversar com seu médico sobre qual o melhor repelente a usar e aproveitem para tirar todas as suas dúvidas a respeito!
Um beijo!